quarta-feira, 30 de abril de 2014

Curso: Introdução a Biologia e Manejo de Anfíbios



        
Palestrante: Prof. Wesley Daniel Souza dos Santos – Biólogo em anfíbios e Prof. Alexandre Martins – especialista em Fauna pela PUC de Sorocaba-SP
Realização:  31 de maio e 01 de junho de 2014
Horário: 09:00 horas até 18:00 horas.
Horas aulas: 20 horas aulas (diurno e noturno)

Investimento: R$ 299,00 á vista ou 50% na reserva e 50% o dia do curso.

Incluso: Alojamento em Pousada Ecológica, café da manha, almoço e certificado.


Vagas: 20 vagas

Conteúdo Programático:
Curso teórico: Caracterização da classe Amphibia, Conceito, Origem Evolutiva, Classificação Sistemática, Ordens e Principais Famílias, Reprodução, Metamorfose dos Anfíbios, Girinos e sua Ecologia, Vocalização, Cuidado Parental, Troca de Gases, sistemas (respiratório, circulatório, nervoso, reprodutor, digestório, locomotor, excretor), Respiração Cutânea, Permeabilidade à Água, Ingestão e Armazenamento de Água, Mecanismos de Defesa, Mimetismo, Conservação dos Anfíbios, Principais Ameaças, Espécies Ameaçadas de Extinção, Espécies da Mata Atlântica, Relevância Ecológica e Econômica, Projetos de Conservação, Coleta e Armazenamento de Anfíbios, Métodos de Coleta, Técnicas de Coleta, Principais Pesquisadores, Leituras Recomendadas, Locais para Visitação. 

Curso prático: Postura em campo, observação do animal em seu habitat, coleta de exemplares, colocação de armadilhas, manuseio do animal, estudo da vocalização.

Público-alvo: Estudantes e graduados de Biologia, áreas afins e outros interessados, sem vivência em estudos de campo.
Todos os participantes deverão levar:
  • Gravador (Opcional. Celulares com a função gravador pode ser utilizado)
  • Lanterna
  • Calça comprida, camisa de manga comprida ou blusa (luva, se achar necessário)
  • Tênis extra
    
Reservas: pelo email ou telefones: 13-3457-9485 – 11-99626-9411

Dados para reservas:
Depósito:
Banco: Caixa Econômica Federal
Ag. 0250
Natureza da operação: 003
Conta corrente: 3245-4
Favorecido: Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente


Enviar comprovante para garantir vaga.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Tubarões: Mitos e Verdades

Tubarão ou cação?  Mitos e verdades sobre tubarões





Calcula-se que os tubarões existam há cerca de 450 milhões de anos, sem grandes alterações em sua morfologia, o que sugere um bom nível de adaptação e evolução. Ocuparam diversos nichos ecológicos, desde os mares tropicais aos oceanos Ártico e Antártico.

Estes seres providos de estrutura corporal hidrodinâmica são criaturas importantes em quase todos os ecossistemas marinhos. A quase totalidade dos tubarões é marinha, carnívora e pelágica, habitando águas costeiras e oceânicas da maioria dos mares e oceanos, quer na sua superfície, quer na sua profundidade, mas existem espécies que podem adentrar em riso por até 5.000 km.

Possuem tamanho e forma variada, podendo medir de 15cm até 18 metros.     

             Além de coloca-los na mesa de jantar, o homem vem a um bom tempo pesquisando os tubarões e descobrindo novos usos médicos e substâncias com potencial farmacêutico. A idéia de que o tubarão poderia realmente beneficiar a saúde humana foi estabelecida algumas décadas atrás.
                       
              A vitamina A foi suprida primariamente pelo óleo de fígado do tubarão até 1947, quando pela primeira vez foi sintetizada em laboratório. Em 1916, um cientista japonês isolou do óleo de fígado do tubarão uma substância denominada esqualena (hidrocarboneto), que até hoje é empregada nas indústrias cosméticas e farmacêuticas, como base para cremes de beleza, remédios e pomadas. O líquido oleoso era também, por razões até hoje desconhecidas, altamente efetivo no retrocesso das hemorroidas humanas. As pesquisas atuais indicam que o óleo de seu fígado parece contribuir na produção de células brancas do sangue humano. Alguns ácidos polinsaturados extraídos do fígado têm-se mostrado úteis como anticoagulantes no tratamento de algumas formas sérias de ataque do coração.

             Existem diversos outros exemplos da atual utilização do tubarão: o extrato de sua cartilagem vem sendo usado de forma promissora como uma pele temporária no tratamento de queimados, suas córneas vêm sendo transplantadas experimentalmente em olhos humanos e seu sangue contém anticoagulantes que poderão vir a ser utilizados na produção de novas drogas. Ainda assim, o que mais tem ocupado os cientistas nessa área é saber por que os tubarões parecem não ficar doentes.

            Ainda que possuam um sistema imunológico relativamente primitivo, os tubarões apresentam uma baixa taxa de incidência de doenças em geral, dificilmente contraem infecções após sérias feridas e raramente desenvolvem câncer. Experiências com substâncias carcinogênicas bem conhecidas injetadas em tubarões não provocaram nenhuma lesão e nem causaram qualquer tipo de dano genético que o tumor costuma deixar-nos outros animais. E ninguém sabe por que isso acontece, porém sabe-se que essa resistência ao câncer nada tem a ver com a sua cartilagem.

            Pesquisas desenvolvidas nos EUA com o cação-bagre (gênero Squalus) têm fornecido pistas interessantes para a medicina. A proteína esqualamina, encontrada no estômago, fígado e vesícula biliar desse tubarão, já demonstrou inibir o crescimento de tumores em cérebros humanos. Descobriu-se também que quase todas as células de seu corpo contêm um poderoso antibiótico. Esse novo composto, uma substância química da mesma família do colesterol, não pertence a nenhuma classe de antibiótico conhecido. Surpreendentemente, ele se mostrou bastante efetivo contra um grande espectro de micróbios, incluindo fungos, bactérias e parasitas. Uma versão sintética desse antibiótico vem sendo testada em uma grande variedade de doenças humanas. 

            Com relação ao fato de estarem quase livres do câncer, os estudos nesse sentido estão direcionados na possível descoberta de agentes anticancerígenos que possam no futuro serem utilizados em nosso benefício. Ou seja, os tubarões podem um dia vir a salvar nossas vidas, se já não estiverem extintos, é claro. Fonte Instituto Aqualung.

Curiosidades sobre tubarões:

- Tubarão e  cação são  a mesma coisa, nome vulgar para quaisquer espécies, popularmente chamado de cação quando o homem come o animal e quando a animal se alimenta do homem ou provoca um ataque, chama-se de tubarão.

Em muitos países asiáticos, a sopa de barbatana de tubarão tornou-se uma iguaria servida em casamentos, banquetes e jantares de negócios como símbolo de riqueza e status, movimentando uma indústria milionária todos os anos. Entretanto, diversos especialistas, incluindo o renomado chef inglês Gordon Ramsay, afirmam que a barbatana em si não tem gosto algum, dando apenas textura à sopa, que é feita com caldo de frango ou porco.

De acordo com dados da entidade United Conservationists, 50 espécies de tubarões estão na lista de alto risco de extinção. Entre eles, o inofensivo tubarão-baleia, maior peixe do planeta, que pode atingir até 18 metros de comprimento, não tem dentes e se alimenta apenas de plâncton. Uma única barbatana de tubarão-baleia pode custar cerca de $10 mil na China. Outras espécies ameaçadas de extinção são o tubarão-branco, o tubarão-martelo, o tubarão-cabeça-chata (bull shark) e até mesmo o tubarão-mangona (grey nurse shark), muito comum na costa leste australiana.


Mitos e verdades:

MITO: Os tubarões não pensam.  REALIDADE: Falso. Em alguns aquários e laboratórios, tubarões foram treinados para golpear objetos coloridos e formas com o objetivo de receber alimento. Também foram condicionados para subir à superfície e se apresentar sozinhos para realizar procedimentos veterinários. Estes condicionamentos demonstram que são capazes de aprender.

 MITO: Os tubarões afundam se param de nadar. REALIDADE: Isso é verdade para a maioria, mas não para todas as espécies. Os tubarões conseguem manter certa flutuabilidade, mas se param de se mover, afundam pela ausência da bexiga natatória cheia de ar, presente na maioria dos peixes vertebrados.

MITO: Os tubarões comem indiscriminadamente. REALIDADE: Falso. A forma distinta das várias espécies de tubarões indica que possuem dietas muito especializadas. Alguns tubarões, como o tubarão-mako, possuem dentes pontiagudos e lisos para perfurar e capturar presas rápidas. Outros, como o tubarão branco, possuem dentes serrilhados para arrancar e mastigar pedaços grandes de carne. Outros possuem dentes trituradores planos, como o Heterodontus francisci, adequados para comer crustáceos e moluscos. Por último, existem dentes com funções muito específicas, como os do tubarão-tigre, que são projetados para cortar através das carapaças das tartarugas marinhas, seu prato predileto. Cada espécie possui uma dieta única, mas às vezes, podem confundir sua presa natural com alguma coisa diferente… como pneus de borracha e surfistas desavisados! 

MITO: A população de tubarões é estável e não está ameaçada. REALIDADE: Falso. Como resultado da pesca excessiva e da captura equivocada em redes e linhas dirigidas a outras espécies, os tubarões estão em rápido declínio. Cerca de 250 mil são mortos diariamente. Algumas populações estão em franco declínio, como a do tubarão-martelo, que diminuiu cerca de 90% durante as últimas duas décadas. Como grandes predadores do oceano, os tubarões ajudam a limpar os mares, caçando peixes feridos ou doentes. Se sua proteção não for assegurada, a, as populações de tubarões continuarão diminuindo.

Os tubarões abocanham para ver o que é, e depois largam: O mito de “uma mordidela” -  que os tubarões por não terem visão apurada abocanham só para ver o que é e depois seguem caminho – é um dos favoritos dos conservacionistas. Mas Allan afirma que foi mordido três vezes e Glen Folkard sofreu um ataque sustentado ao surfar na praia Redhead, Newcastle, em janeiro do ano passado. Alguns especialistas acreditam que em alguns casos, um ataque de tubarão pode refletir-se em múltiplas dentadas. Como por exemplo, em vários casos registrados de tubarões brancos adultos. Em alguns deles, a vítima parece ter sido totalmente consumida.

Quando há golfinhos não há tubarões: MITO: Não é verdade! Os golfinhos por vezes tentam enfrentar os tubarões quando estes ameaçam um membro do grupo. Mas é muito mais comum serem encontrados juntos, pois se alimentam das mesmas presas e os territórios de caça são idênticos.
Ao contrário do que as pessoas pensam, os golfinhos podem ser um sinal da presença de tubarões, em vez da crença comum de que os afastam propositadamente.
Os fatos de neoprene pretos fazem os surfistas parecerem focas: MITO: Afirma o especialista da CSIRO em grandes tubarões brancos, Dr. Barry Bruce, acrescentando: - O tubarão branco alimenta-se de focas apenas numa pequena altura do ano e estas não fazem parte da sua dieta até eles terem pelo menos 3 metros de comprimento. Segundo os registros, o típico tubarão branco que se encontra na zona de arrebentação mede menos de 2,5 m.

Ataques em massa: MITO: Em 2009, deram-se três ataques graves em Sydney ao longo de três semanas. Cinco pessoas morreram em 10 meses na Austrália no ano passado. Ataques em massa acontecem! O Dr. Vic Peddemors, um investigador perito em ataques de tubarão, afirma: Nós estudamos todas as possíveis causas: El Nino, La Nina, a temperatura da água, fontes de alimento, o índice de oscilação do oceano e nada realmente ficou provado. É uma daquelas coisas que ainda não tem explicação.

Redes de tubarão sinônimo de segurança: MITO: Vários ataques foram registrados em praias com redes de segurança. Este sistema não consegue bloquear totalmente a entrada de tubarões numa praia, mas ajuda a dificultar essa tarefa.

Os cães atraem tubarões: MITO: Não há registro de nenhum caso em que um cão tenha sido atacado em vez de um humano, enquanto nadavam juntos.

Os tubarões são atraídos pela cor: MITO: Um relatório dos anos 70 relatava que durante uma experiência levada a cabo pela Marinha Americana, um colete salva-vidas amarelo foi repetidamente atacado por tubarões azuis, outro de cor vermelha sofreu menos ataques, enquanto que um dispositivo de flutuação semelhante em preto sofreu apenas dois. Isto levou a que surfistas e mergulhadores passassem a evitar certas cores e até brincarem com a frase ”yummy yellow” (amarelo saboroso).
            Mas o professor Nathan Hart, da Universidade de Western Austrália descobriu que os tubarões apenas possuem um tipo de “célula cone” – responsável pela visão de cores e é improvável que sejam capazes de distinguir um mundo multicolorido. Os tubarões são atraídos para alto contraste, em vez de cores.
A urina atrai os ataques de tubarão: MITO: Apesar de muitos surfistas evitarem este ato dentro de água, não há nenhum estudo que tenha conseguido provar que a urina atrai os tubarões.


Do total de espécies, apenas 32, já provocaram algum tipos de acidentes com humanos e desta somente 15, no litoral do Brasil.

Espécies que provocaram acidentes no Brasil.
Tintureira ou tubarão tigre
Cabeça Chata
Mangona
Serra garoupa (perigosa ao homem, nadam em grupo)
Tubarão martelo
Tubarão azul
Mako
Galha preta
Cacão Lixa ( acidentes com manuseio)
  
Animais selvagens que mais atacam o homem em todo o planeta.
Cobras/ 250.000
Crocodilos/ 2.500
Abelhas/ 1.250
Elefantes/250
Tubarões/100 
Cachorros 4,5 milhões de ataques por ano.

            Além da crueldade com esses animais, existem dados alarmantes sobre o impacto que a extinção dos tubarões pode causar. Dois terços do nosso planeta são compostos de água e 80% dos seres vivos encontram-se nos oceanos. Ocupando o topo da cadeia alimentar dos mares, os tubarões garantem o equilíbrio de todas as populações marinhas. Sem eles, suas presas se proliferam descontroladamente e os próximos seres da cadeia alimentar acabam por se extinguir. Quando isso acontece, inicia-se um verdadeiro efeito dominó, causando um imenso desequilíbrio ambiental.
            Quais são as consequências diretas para o homem? Além da escassez de peixes, moluscos e crustáceos, a extinção dos tubarões pode afetar até mesmo a produção de oxigênio. Cerca de 70% do oxigênio que respiramos é produzido por um conjunto de organismos microscópicos chamados de fitoplâncton, que absorvem gás carbônico e liberam oxigênio. Esses microorganismos dependem indiretamente dos tubarões, pois com o desequilíbrio da cadeia alimentar, a proliferação excessiva de animais que se alimentam de fitoplâncton pode causar a redução na produção de oxigênio no planeta.

Por Prof. Msc. Edris Queiroz – biólogo marinho e pesquisador do IBIMM.     

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Tubarão pode ter a cura do cancer?

Tubarão pode ter a cura do câncer?

 

 Fig. 1 - Evidencias embriológicas entre humano x tubarão. Edris Queiroz (desenhos)

            “Até hoje não existe nenhuma comprovação cientifica de que a cartilagem de tubarão previne o câncer. O que podemos afirmar com certeza é que não sabemos por que algumas espécies de tubarões não desenvolvem câncer e que isto é muito importante no combate a inúmeras doenças que afetam os seres humanos e daí a grande importância na preservação desta espécie. Os tubarões tem uma grande capacidade de regeneração e muito mesmo machucados após grande lutas com outras espécies, conseguem sobreviver e se recuperar dos ferimentos”.

            Cientistas americanos verificaram que em 21 anos de pesquisas apenas doze tumores foram registrados em tubarões, e desses somente três eram malignos. Os pesquisadores pretendem agora transferir, de algum modo, essa resistência para o homem. Desde 1970 sabe-se que os tumores criam uma rede de capilares sanguíneos para poderem crescer. Os médicos chamam de angiogênese esse processo, sem o qual, supõe-se, o tumor morre. Como o tecido cartilaginoso é desprovido de vasos sanguíneos, os pesquisadores deduziram que ele deve liberar alguma substância inibidora da angiogênese. Ora, os tubarões não possuem ossos - pertencem a uma classe de peixes cujos esqueletos são cartilaginosos. O fato de serem eles praticamente imunes ao câncer não seria, portanto, uma coincidência. É possível, assim, que do extrato da cartilagem dos tubarões surja algum dia uma droga contra o câncer? Não, Ou seja, até hoje não existe nenhuma comprovação científica!

            Pesquisadores sabem que há mais de 150 anos que os tubarões podem ter câncer. E ainda persiste a crença de que os animais não sofrem com a doença. Esse equívoco é promovido em parte por aqueles que vendem a cartilagem de tubarão, que afirmam que a substância vai ajudar a curar o câncer, segundo David Shiffman, pesquisador de tubarões e estudante de doutorado na Universidade de Miami. Mas nenhum estudo mostrou que a cartilagem de tubarão é um tratamento eficaz, e a demanda pelo material tem ajudado a dizimar as populações de tubarões: os seres humanos matam cerca de 100 milhões de tubarões por ano, de acordo com um estudo de março de 2013. (muitas destas mortes são causadas pelo “fining” pesca predatória para retirada das barbatanas, o animal é devolvido vivo ao mar e morre).
            Recentemente, pesquisadores da Austrália perceberam um grande tumor saindo da boca de um grande tubarão branco. O tumor media 30 centímetros de comprimento e 1 metro de largura, de acordo com um estudo que descreve o tumor.
“Esta era uma visão muito incomum, já que nunca antes vimos um grande tubarão branco com tumor”, disse Rachel Robbins, coautor do estudo.
            No total, os cientistas agora documentaram tumores em pelo menos 23 espécies de tubarões. O estudo contribui para a crescente evidência de formação de tumores em tubarões, ao contrário da crença popular de que os tubarões não sofrem de tais anomalias.
            “Os tubarões têm câncer”, disse Shiffman, que não esteve envolvido no estudo. “E mesmo que eles não tivessem comer produtos de tubarão não irá curar o câncer assim como comer um pedaço do Michael Jordan não fará melhor alguém no basquete.”

             Ao contrário da crença popular, os tubarões têm câncer, até mesmo tumores nas cartilagens, logo tomar suplementos de cartilagem de tubarão para prevenir ou retardar o câncer provavelmente não é eficaz, de acordo com um estudo apresentado no 91º encontro anual da Associação Americana de Pesquisa de Câncer (AAPC).

            O Dr. John C. Harhsbarger, diretor do Instituto Nacional de Registro de Tumores em Animais Inferiores, relatou 40 registros de tumores coletados de peixes cartilaginosos. Vinte e três dos tumores eram de tubarões. Ele disse que cerca de um terço dos tumores nos arquivos eram malignos e destes tumores malignos, seis foram coletados de tubarões.

            Harhsbarger disse, contudo, que os tumores são mais comuns em peixes ósseos, especialmente de águas rasas. "Isto se dá por que eles se alimentam em áreas com maior nível de poluentes ambientais. Os tubarões são peixes de águas profundas e não são expostos a tantos componentes nocivos," ele disse.

            "O que há de novo neste artigo é nosso relato de que três tumores malignos, um 
carcinoma de células renais, um linfoma e um novo tumor de cartilagem, foram encontrados em tubarões. Os tubarões têm câncer, então deixemos o mito de lado," disse Harhsbarger em entrevista à Reuters Health.

            A cartilagem de tubarão se tornou um tratamento alternativo popular para o 
câncer baseado na crença de que a mesma tinha propriedades antiangiogênicas – isto é, que ela prevenia o desenvolvimento dos novos vasos sangüíneos que alimentavam os tumores, dificultando o crescimento destes. O co-autor de Harhsbarger, Dr. Gary K. Ostrander da Universidade John Hopkins, disse que "não existem estudos publicados em revistas renomadas que confirmem esta crença."

            Na conferência, o Dr. Donald Coffey da Universidade John Hopkins disse que a mesma lógica que leva pessoas a tomar cartilagem de tubarão poderia levá-las a "comer glândulas prostáticas de cavalos ou gatos para prevenir câncer de 
próstata porque cavalos e gatos não têm câncer de próstata."

            Hank Poterfield, catedrático do grupo de apoio ao 
câncer prostático Us Too!, disse que "como paciente, todo este fenômeno sobre a cartilagem de tubarão lança dúvidas sobre a medicina alternativa mesmo quando existem alternativas complementares médicas eficientes para o câncer prostático." Em entrevista à Reuters Health, ele disse, "Nenhum paciente com câncer prostático jamais se beneficiou da cartilagem de tubarão." Ele acrescenta que ele irá acabar com a estória da cartilagem de tubarão.

            Porém, não é provável que a cartilagem de tubarão desapareça das notícias porque o Instituto Nacional de Saúde tem um estudo em andamento na fase III sobre o extrato da cartilagem de tubarão chamado AE-941. Os resultados de um estudo do extrato em combinação com a cisplatina foram relatados no encontro da AAPC no ano passado. No estudo em fase II, o Dr. Jean Latreille da Universidade de Montreal relatou que "houve uma tendência em direção à resposta." O extrato é fabricado pelo Aeterna Laboratories, em Quebec.

Fonte: 91º encontro anual da Associação Americana de Pesquisa de Câncer (AAPC).


Por: Prof.Msc.Edris Queiroz –biólogo marinho, pesquisador do IBIMM.

domingo, 13 de abril de 2014

Programa Super HDB- O mundo dos Tubarões !

Hoje seu domingo será mais legal, Programa Super HDB, com participação Especial do Prof. Edris Queiroz, falando sobre os tubarões, REDEVIDA de Televisão, a partir das 15.:00 horas com apresentação de Danny Pink — .Programa Super HDB- Tubarões



domingo, 6 de abril de 2014

Lixo nos mares e oceanos, o que devemos fazer?

      “Antes de falar dos problemas do lixo, quero deixar um momento de reflexão e que vai fazê-lo  pensar melhor antes de jogar uma sacolinha de lixo, uma garrafa ou um pedaço de papel de bala na rua e que pode parar em um rio e depois nos oceanos e mares!”
      Você sabia, que a maior produção de ar oxigênio que respiramos não é produzida nas florestas da Amazônia, e sim, nos oceanos?  Isto mesmo! As algas oceânicas que vivem nos mares e oceanos do planeta são as responsáveis pela produção da maior parte do gás oxigênio que respiramos e, todo o lixo que produzimos e descartarmos de forma incorreta, podem levar estas mesmas algas a morte. Daí a necessidade de conservarmos o ambiente marinho e salvar a vida deste ser vivo que além de servir como alimento primário para muitos  micro-organismos e peixes, produz o ar que nos mantém vivos e todos os outros seres que dependem dele. O Pulmão do mundo sem sombra de dúvida são os oceanos e estes seres maravilhosos que neles habitam!
      As consequências do lixo nos mares podem ser:
      Tartarugas marinhas morrem asfixiadas ao comerem sacos plásticos jogados no mar. Você já pensou que todo esse lixo que é jogado nos mares, suja nossas praias machucando e até matando peixes, golfinhos, tartarugas, entre muitos outros.
      As tartarugas por exemplo, não sabem distinguir a diferença entre uma água viva, que faz parte da sua alimentação, de um saquinho de supermercado jogado no mar e acabam se asfixiando e morrendo, animais inocentes pagando com a própria vida a falta de cuidado da humanidade!
O pior, é que muitas pessoas jogam lixo em qualquer lugar, sem saber o mal que estão fazendo aos outros, a si e aos seus descendentes. Por isso, quando você ver alguém jogando o lixo em lugar inadequado, lembre-o de que será muito melhor que nossos filhos recordem-se de nós pela nossa sabedoria, do que pelo lixo que deixamos de herança para eles.
Veja o tempo que leva um produto a desaparecer completamente das águas dos oceanos:
Luvas de algodão - 5 meses
Jornal - 6 meses
Fralda descartável - 450 anos
Linha de nylon - 650 anos
Bola de isopor - 80 anos
Garrafa Plástica - 450 anos
Vidro - tempo indeterminado
Lixo Radioativo - 250.000 anos
Lata de Alumínio - 200 anos
Caixa de Papelão - 2 meses
Pedaço de madeira pintada - 13 anos
      As Pessoas que jogam lixo na rua podem ser assassinas em potencial de animais e pessoas em várias partes do planeta. Assim como na poluição do ar, a poluição nos rios e mares causam impactos ambientais extremos e levam a morte por onde passam.
      O lançamento de lixo nas ruas pode gerar sérios problemas ambientais em várias partes do planeta e causar prejuízos gravíssimos a natureza.
A viagem do lixo
Você sabia?
      Ao jogar o lixo na rua depois de uma chuva, provavelmente seu caminho será o sistema de drenagem da cidade e este provavelmente vai conduzir esse lixo para os rios que o levarão até os mares, as consequências você já sabe.
   Se levarmos em consideração que existem diversas cidades e até mesmo países que tem nas águas sua principal fonte de alimentação, mas não podem mais comer peixes intoxicados pela poluição, podemos facilmente chegar à conclusão de que, quem joga lixo nas ruas pode ser um assassino em potencial.
      É extremamente importante entender como nossas atitudes podem ter efeito global.
      Por fim se queremos um mundo melhor, devemos nos preocupar e muito com a limpeza dos rios, mares e oceanos, eles são os responsáveis pela qualidade de vida da população no planeta.
Por:  Prof. Msc. Edris Queiroz – Biólogo Marinho

IBIMM – Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente – CRBio-537/01-SP

sábado, 5 de abril de 2014

Enciclopedia sobre o Mundo dos Insetos

Você que quer saber tudo sobre mundos dos insetos e adora entomologia, baixe agora o livro completo sobre o melhor dos insetos no link abaixo:

http://pt.slideshare.net/Sanfrant/encyclopedia-of-insects


Por. Prof.MsC. Edris Queiroz

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Os males dos fogos de artifícios para nossos animais!

BOMBAS, FOGOS, FOGUETES, SEU CÃOZINHO TEM MEDO?





            Festas, jogos, bebidas, você se diverte, mas e o seu bichinhos de estimação, todos eles sofrem muito, o que devemos fazer nesta época!

            Na época de Copa do Mundo é frequente a preocupação com o barulho dos fogos. A maioria dos cães sofre no réveillon, festa junina e quando tem tempestade com trovões, imagina então agora no ano da copa.

            A audição dos cães é mais sensível que a humana. Eles alcançam uma frequência maior que a nossa:

Homem – 20 Hz a 20 Khz.

Cão  – 20 Hz a 40 Khz.

Isto significa que eles escutam sons inaudíveis para nós.

            A falta da consciência também influencia muito. Quando escutamos o barulho de uma bomba, podemos até levar um susto, mas sabemos que foi alguém que produziu aquele som, pra a se divertir.

            Para os cães, além de ser um som muito forte e alto, é uma surpresa. Eles não sabem a origem e pode confundir com o som de uma catástrofe natural como um terremoto, um desabamento. Quem não se lembra dos animais fugindo da Tsunami minutos antes dela acontecer?

Como ajudar nossos animaizinhos nesta época!

            O ideal é o tratamento, a dessensibilização. Isto significa expor o animal ao som, gradualmente enquanto ele se diverte. Se bem feito, o cão pode ficar curado e não mais apresentar os sinais de pânico. Peça ajuda ao seu veterinário.

            Mas estamos em cima da Copa… se não dá para curá-lo a tempo, podemos ao menos amenizar o sofrimento.

                        Deixe seu cão no local preferido da casa, de preferência com uma peça de roupa sua usada perto dele. Ligue o som, com uma música suave, feche as janelas e ligue o ar condicionado ou ventilador na modalidade mais barulhenta. Ofereça brinquedos interativos (existem vários tipos para rechear com petiscos, por exemplo) e não se despeça se for sair.

            Essas medidas não vão livrá-lo do medo, mas ajudam.

Se o seu animal apresenta sinais de pânico, procura se esconder e até mesmo “atravessar” paredes quando os fogos começam, e muitos podem quebrar até vidraças e janelas. Procure seu veterinário e converse sobre a possibilidade de medicá-lo. Evite consolá-lo. As palavras e gestos carinhosos que usamos para confortar um cão podem confundi-lo. Ele pode achar que estamos elogiando aquele comportamento medroso, fóbico.

Porque cachorro tem medo de fogos?

            Primeiro é importante entender o porquê de o cachorro sentir tanto medo de fogos. O cão possui audição muito sensível, podendo escutar a origem do som em até 6 centésimos de segundo e chegando a escutar até 45 mil hertz. Então, o som dos fogos (também alarmes e trovões) pode ser uma fonte de inquietação. Inicialmente essa sensibilidade se desenvolveu ao longo da evolução, com o intuito de detectar presas e aprimorar a comunicação com outros companheiros da matilha.
            Cachorro com medo de fogos. O que fazer? Veja algumas dicas para ajudar seu cachorro nesta hora.
            Conversar com um adestrador sobre o problema e começar a tratar a questão o quanto antes com treinamentos. Ficar acariciando o cachorro nesse momento não o ajuda a se ajustar ao barulho, e sim, pode estar incentivando o medo que ele está sentindo. Se o seu cachorro precisa estar em seu lugarzinho seguro durante o tempo em que os fogos de artifício estão sendo soltos, deixe que ele se esconda.As vezes o som da televisão ou do ventilador ajuda a abafar o barulho dos fogos lá fora.
            Mantenha a calma e projete essa confiança para o seu cachorro. Lembre-se que os cães são peritos em linguagem corporal e vão saber se você estiver só fingindo estar calma.
            Colocar um algodãozinho no ouvido do cachorro para que ele não escute com tanta intensidade o barulho.
Colocar o cão em uma coleira, sem estar apertada, para que ele não fuja.
Conferir o portão da sua casa. Essa atitude é importante pois muitos cães, quando estão com medo no momento dos fogos, fogem.
            Entre em contato com um homeopata para acompanhamento no tratamento de casos de ansiedade. Lembrando que nesse caso, o resultado não é imediato.

            Sempre converse com o seu veterinário sobre o problema. Em casos extremos, o profissional responsável pode prescrever um tranquilizante para que o cachorro mantenha a calma.
            Se possível, evite deixar seu cão sozinho em casa em dias que provavelmente soltarão fogos de artifício.

Por: Prof.Msc. Edris Queiroz – Biólogo – CRBio 31935D

IBIMM – Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente- CRBio- 537/01-SP

Expedição Egito 2023 - lugares incríveis